
O investidor que busca montar uma carteira de imóveis para locação enfrenta uma série de desafios, que vão desde questões financeiras até a gestão do portfólio.
Para encontrar imóveis com bom potencial de valorização e que possam gerar uma renda passiva, você precisa avaliar bem o mercado, a localização e o tipo de imóvel (residencial, comercial, industrial), bem como levar em consideração a demanda e a rentabilidade.
No atual cenário, adquirir vários imóveis requer de você um alto capital inicial ou enfrentar um financiamento com altas taxas de juros. Sem esquecer da necessidade de um bom planejamento financeiro para garantir a rentabilidade dos imóveis.
Aumentar a carteira de imóveis
Imagine que você deseja expandir seu portfólio de imóveis para locação e quer encontrar oportunidades com boa rentabilidade. O mercado tradicional oferece poucas opções realmente vantajosas. Isso porque os preços dos imóveis no mercado tradicional já estão ajustados ao valor de mercado, o que reduz significativamente a margem de lucro na locação.
Além disso, a concorrência por bons imóveis é alta, e muitas vezes é necessário um grande investimento inicial para obter um retorno que pode levar anos para compensar.
Mas você precisa saber que os leilões imobiliários são ótimas oportunidades de você comprar imóveis abaixo do valor de mercado e obter um excelente retorno financeiro.
Se essa estratégia te interessa, saiba que arrematar imóveis em leilão pode ser a chave para acelerar a construção do seu patrimônio e gerar uma renda passiva sólida.
Com o conhecimento certo, você pode transformar essas oportunidades em uma fonte de lucro recorrente. E, com todo respeito aos fãs da bolsa de valores, investir em imóveis sempre vai ser seguro e rentável, não é verdade?
Antes de falar sobre o investimento para locação, preciso falar o que é e como funciona um leilão.
O que é um leilão de imóveis?
O leilão de imóveis é uma modalidade de compra onde os bens são vendidos para quem oferecer o maior lance. Esses imóveis podem ser provenientes de inadimplência, execuções judiciais ou falências. Existem dois principais tipos de leilão:
- Leilão judicial: Ocorre quando um imóvel é penhorado para quitar dívidas do proprietário, como financiamento não pago ou ações de cobrança.
- Leilão extrajudicial: Geralmente realizado por bancos ou instituições financeiras, especialmente no caso de imóveis retomados por inadimplência no financiamento.
Pra você ter ideia, a cota condominial é uma das dívidas mais comuns que levam imóveis a leilão. Como o imóvel vai a leilão para satisfazer uma dívida, essa situação cria excelentes oportunidades para investidores que sabem onde encontrar as melhores ofertas.
Perfis de arrematantes
Os investidores que participam de leilões de imóveis geralmente se enquadram em três perfis principais:
- O revendedor: Compra imóveis em leilão para revendê-los com lucro, aproveitando o desconto e realizando melhorias estratégicas para valorização.
- O investidor para locação: Foca na construção de um portfólio de imóveis alugados, garantindo uma renda passiva recorrente e valorização patrimonial.
- O comprador para moradia: Busca adquirir um imóvel próprio por um preço mais acessível, aceitando os desafios da regularização e desocupação.
O investidor para locação
Para quem deseja obter uma renda passiva, arrematar imóveis para locação é um caminho inteligente e lucrativo. Esse investidor não tem a pressão de vender rapidamente para lucrar, mas sim o objetivo de garantir uma receita recorrente e ampliar seu patrimônio com o tempo.
Uma das vantagens desse perfil é a possibilidade de manter o inquilino que já ocupa o imóvel arrematado. Mesmo que o aluguel esteja abaixo do valor de mercado, manter a locação pode evitar custos com vacância.
Eu sei que “custos de vacância” pode ser uma informação um tanto técnica, mas tentarei explicar de uma forma mais didática.
Custos com vacância se referem às despesas que um proprietário de imóvel tem quando o imóvel fica vazio, sem um inquilino pagando aluguel. Isso inclui gastos como condomínio, IPTU, manutenção e contas básicas (se houver). Considere, inclusive, até a perda de receita pelo tempo em que o imóvel não está gerando aluguel.
Manter o inquilino no imóvel
Por isso que, manter um inquilino que já está no imóvel, pode ser uma estratégia inteligente para evitar esses custos.
Além disso, manter esse inquilino pode ser sinônimo de evitar reformas imediatas, maximizando ainda mais o fluxo de caixa.
Outro diferencial do arrematante que vai alugar, é a flexibilidade no registro do imóvel. De um lado, o revendedor precisa regularizar a documentação rapidamente para vender. Em contrapartida, o investidor para locação pode priorizar a imissão na posse, ou seja, receber as chaves do imóvel para em seguida começar a rentabilizar, antes mesmo de concluir o registro.
Além disso, a análise financeira desse investidor vai além do valor do aluguel atual. Ele considera o potencial de valorização do imóvel e faz projeções para entender como seu patrimônio pode crescer nos próximos anos.
Enquanto imóveis adquiridos pelo valor de mercado podem oferecer rendimentos limitados, a compra em leilão permite obter uma relação aluguel-investimento muito mais vantajosa.
Por exemplo, ao invés de comprar um imóvel por R$ 1 milhão e obter um aluguel de R$ 6 mil mensais, o investidor pode arrematá-lo por R$ 600 mil. Assim, ele mantém o mesmo rendimento, aumentando significativamente sua rentabilidade.
Os desafios de comprar imóvel de leilão
Ao pensar em arrematar um imóvel para locação, alguns desafios podem surgir:
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Imóvel ocupado: como lidar?
É comum que imóveis arrematados em leilão estejam ocupados, seja pelo antigo proprietário, um inquilino ou até mesmo por terceiros, isso não significa que ele se tornará um problema — pelo contrário, essa é uma situação comum e, quando bem conduzida, pode até acelerar o retorno do investimento.
O primeiro passo é sempre tentar uma negociação amigável para desocupação. Muitas vezes, é possível chegar a um acordo que envolva o custeio da mudança ou um pequeno auxílio financeiro, o que agiliza a liberação do imóvel sem necessidade de ação judicial.
Se a tentativa de acordo não for bem-sucedida, o próximo passo é ingressar com a ação de imissão na posse, que é o procedimento judicial adequado para garantir que o arrematante possa tomar posse do imóvel. Com o suporte jurídico adequado, é possível conduzir essa etapa de forma eficiente, respeitando os prazos legais e minimizando o tempo em que o imóvel permanece sem gerar receita.
Se o imóvel estiver ocupado por um inquilino com contrato ativo, você pode optar por manter a locação até o fim do contrato — inclusive recebendo os aluguéis — ou negociar uma rescisão amigável para reformar ou ajustar o valor da locação.
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Regularização da documentação
Outro ponto que exige atenção é a análise da matrícula e da situação jurídica do imóvel. É fundamental verificar se há pendências como penhoras, hipotecas ou outros ônus que possam interferir na posse ou locação.
Por exemplo, imagine um imóvel que foi a leilão por conta de dívidas de condomínio. Ainda que a arrematação seja válida e extinga boa parte dessas obrigações, pode haver uma ação de anulação movida pelo antigo proprietário tentando reverter o leilão. Esse tipo de processo, mesmo que não tenha grandes chances de sucesso, pode atrasar a liberação da posse ou a regularização documental.
Com uma análise jurídica prévia, é possível identificar riscos como esse e decidir com mais segurança. E, mesmo que o registro do imóvel demore um pouco, o investidor para locação pode seguir com a imissão na posse e iniciar a rentabilização antes mesmo de concluir o registro — uma vantagem importante em relação ao investidor que precisa revender rapidamente.
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Reformas e adequações
Após garantir a posse, é comum que o imóvel precise de alguns ajustes antes de ser colocado para locação. Isso não significa grandes reformas: muitas vezes, uma pintura nova, pequenos reparos elétricos ou hidráulicos, troca de maçanetas e limpeza profissional já bastam para torná-lo atraente para novos inquilinos.
Imagine que você arrematou um apartamento por um valor muito abaixo do mercado, mas ele está com pintura descascada e portas rangendo. Com um investimento de R$ 10 mil em melhorias pontuais, é possível valorizar o imóvel e cobrar um aluguel R$ 500 mais alto do que conseguiria sem essas intervenções.
Vale lembrar: o objetivo não é transformar o imóvel em luxo, mas sim em uma opção competitiva no mercado, sem comprometer a rentabilidade.
Se for necessário investir em obras maiores, como troca de pisos ou modernização da cozinha, é essencial fazer um planejamento financeiro que considere o retorno a médio prazo, especialmente se você pretende manter o imóvel no seu portfólio por vários anos.
Vantagens de comprar imóvel de leilão
Arrematar imóveis em leilão é uma das formas mais eficientes de adquirir bens com alto potencial de retorno, especialmente para quem busca construir uma carteira de locação. Ao comprar abaixo do valor de mercado, o investidor ganha margem para alugar com mais rentabilidade — e até revender no futuro com lucro.
Confira algumas das principais vantagens:
- Preço competitivo: Imóveis podem ser arrematados com descontos que chegam a 30%, 40% ou até 50% em relação ao valor de mercado. Por exemplo, um apartamento avaliado em R$ 800 mil pode ser adquirido por R$ 500 mil, o que permite alugar por R$ 4.000 e alcançar uma rentabilidade superior a 0,8% ao mês — muito acima da média do mercado tradicional.
- Diversificação do portfólio: Com um orçamento de R$ 1 milhão, você pode comprar dois imóveis de leilão e gerar duas fontes de renda ao invés de investir tudo em um único bem no mercado convencional. Isso reduz o risco da vacância e aumenta a estabilidade da sua receita passiva.
- Oportunidade de valorização: Ao adquirir um imóvel em uma região promissora ou que precise de pequenas melhorias, o investidor pode aumentar seu valor de mercado rapidamente. Um simples apartamento com vaga de garagem, após uma reforma leve, pode ter o valor de locação elevado em 20% a 30%.
Essas vantagens são ainda mais valiosas quando aliadas ao conhecimento jurídico e planejamento estratégico. Afinal, embora o leilão ofereça excelentes oportunidades, comprar certo é o que transforma um imóvel em uma fonte real de renda — e não em dor de cabeça.
Passo a passo para transformar seu imóvel de leilão em uma fonte de renda estável
Veja como fazer isso de forma segura e inteligente:
- Escolha um imóvel com alto potencial de locação: Dê preferência a imóveis bem localizados, próximos a centros comerciais, transporte público ou universidades. Foque em locais onde há maior procura por aluguel. Quanto maior a demanda na região, menor será o tempo de vacância.
- Faça uma análise completa da documentação: Antes de arrematar, consulte a matrícula do imóvel e avalie se há dívidas, ônus reais ou processos em andamento. Um bom exemplo é verificar o número de penhoras registradas no imóvel, pois isso está diretamente relacionado à quantidade de ações judiciais necessárias para cancelá-las.
- Planeje a desocupação com antecedência: Se o imóvel estiver ocupado, um planejamento jurídico pode acelerar a liberação do bem. Muitas vezes, é possível negociar amigavelmente a saída do morador, inclusive oferecendo apoio com a mudança. Caso a negociação não avance, ações como a imissão na posse podem ser adotadas para garantir seus direitos.
- Realize melhorias que gerem retorno: Avalie se pequenas reformas , tais como pintura, troca de pisos ou atualização de louças e iluminação, podem valorizar o imóvel e permitir um aluguel mais alto. Muitas vezes, um investimento pontual de R$ 10 mil pode elevar o valor da locação em R$ 500 mensais.
- Defina a melhor modalidade de locação para o seu perfil: Imóveis residenciais em regiões turísticas, por exemplo, podem render mais no aluguel por temporada. Já imóveis próximos a centros empresariais podem atrair contratos comerciais mais longos e estáveis. Avalie o perfil do imóvel e escolha o modelo que maximize seu retorno.
Conclusão
Arrematar imóveis em leilão é uma das formas mais eficientes de construir um portfólio de locação lucrativo e escalável. Com a estratégia certa, é possível adquirir bens com excelente potencial de valorização e gerar renda passiva. E ainda, aproveitar oportunidades que o mercado tradicional dificilmente oferece.
Mas para que esse caminho seja realmente seguro e vantajoso, é fundamental planejar cada etapa: da escolha do imóvel à desocupação, da regularização à definição do modelo de locação.
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